Antes falávamos sobre a vontade de Deus de que todas as pessoas tivessem uma família. Não pertence à nossa época, entretanto, o fato de que nem todas as famílias são constituídas de pai, mãe e filhos e nem por isso Deus deixa nossas crianças abandonadas, à mercê da própria sorte.
Hoje iniciaremos a leitura da história da descendência de Abraão, para entendermos como Deus intervém a favor das crianças.
Esta passagem da Bíblia, está no livro do Gênesis, Capítulo 12 versículos 1 e 2. Ouçamos:
“Iahweh disse a Abrão: ‘Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome; sê uma bênção!’”.
Vejam, ouvintes, que a chave deste trecho é: “Eu farei de ti um grande povo”.
O que entendemos por isso? Que um grande povo será iniciado a partir de Abrão, não é mesmo? E quando falamos sobre povo, pensamos em alguma coisa organizada? Uma nação, dentro de um território, não é mesmo? Isso era importante para o povo judeu: a hereditariedade e a terra.
E tinha que ser assim mesmo, pois qual fora a ordem, ou melhor como Deus abençoou a criação? Com as palavras: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra”.
Ora, quando Deus diz então a Abrão que fará dele um grande povo, Abrão espera que ele tenha filhos, obviamente. Essa história retomará no capítulo 16, ouçamos:
“A mulher de Abrão, Sarai, não lhe dera filho. Mas tinha uma serva egípcia, chamada Agar, e Sarai disse a Abrão: ‘Vê, eu te peço: Iahweh não permitiu que eu desse à luz. Toma, pois a minha serva. Talvez, por ela, eu venha a ter filhos. E Abrão ouviu a voz de Sarai.
Assim, depois de dez anos que Abrão residia na terra de Canaã, sua mulher Sarai tomou Agar, a egípcia, sua serva, e deu-a como mulher a seu marido, Abrão. Este possuiu Agar, que ficou grávida. Quando ela se viu grávida, começou a olhar sua senhora com desprezo. Então Sarai disse a Abrão: ‘Tu és responsável pela injúria que me está sendo feita! Coloquei minha serva entre teus braços e, desde que ela se viu grávida, começou a olhar-me com desprezo. Que Iahweh julgue entre mim e ti!’ Abrão disse a Sarai: ‘Pois bem, tua seva está em tuas mãos: faze-lhe como melhor te parecer.’ Sarai a maltratou de tal modo que ela fugiu de sua presença.”
Vou pedir que não façam um juízo de valores sobre a primeira atitude de Sara, porque cada sociedade tem seus costumes, porque vivem em épocas e espaços diferentes. Mas o ciúmes de Sara demonstra que famílias constituídas de uniões diferentes também já têm problemas que não são de hoje.
Como será o relacionamento de Abrão com o menino? Como Sara lidará com isso? E Agar, ela assumirá dar a Abrão essa descendência? É o que veremos na semana que vem.
Fonte: O artigo nos foi enviado diretamente pela autora, tendo sido primeiramente veiculado pela Rádio 9 de Julho em 15/07/13 (1.600 KHz, SP)