Indígenas, falai, temos de ouvir.
A nossa relação com a Mãe Terra
tem sido desastrosa. Progredir
– o verbo que nos move – nos emperra
consciência e visão, pensar, sentir.
Falai da convivência em vossos clãs,
falai do chão, da vida, sem a guerra
que os fere, que os explora – metas vãs,
só levam a sugar... A gente erra!
Falai, para aprendermos lidas sãs!
Mãe Terra, só soubemos te agredir.
Permita-nos compor novas manhãs!
J. Thomaz Filho
Fugimos pras metrópoles. E agora?
Um novo conviver já nos questiona.
A máquina que usamos nos devora:
tirou-nos das lavouras e detona
o nosso compromisso com a flora!
Ah! Como garantir nosso sustento
sem toda essa agressão que desmorona
a nossa sanidade? Novo intento
nós temos de abraçar em toda zona:
rural e urbana. Novo e justo acento!
É urgente, não suporta mais demora!
Que Deus nos dê coragem, luz, alento!
J. Thomaz Filho
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Se o Mestre ressurgiu, você também.
Pois isso Ele nos veio garantir.
Adilza, então desfrute muito bem
de tudo o que me espera no porvir:
se veio pra você, também me vem!
Aqui fazemos Páscoa, que é passagem.
Aí já conseguiu tudo florir!
Não digo que eu esteja em desvantagem:
preciso mais um tanto prosseguir...
até que chegue o dia da viagem.
Não posso é descansar-me no desdém:
há irmãos buscando luz, sabor, aragem...
J. Thomaz Filho
Ficaram confinados. Um fracasso?
O medo, as incertezas... Que fazer.
Alguém há de se erguer e dar um passo...
E então são as mulheres. Queres ver?
Levantam-se, conferem todo o espaço.
Pesada aquela pedra... Vão em frente.
A força lá de dentro, sem temer,
as leva pro jardim, coração crente,
sabendo exatamente o que fazer:
cuidar!... Um corpo morto?... Corpo ausente!!!
Faltava, no desenho, mais um traço:
e assumem a notícia surpreendente!
J. Thomaz Filho
Claríssima a lição dessas mulheres:
unidas, bem atentas ao cuidado,
não ficam simplesmente nos talheres,
preparam, para o corpo sepultado,
aromas... Ó meu Deus, o que mais queres?
E Deus queria mais... Há de mostrar.
Um sábado de dor. Não derrotado.
Pois elas têm por dentro, a lhes gritar,
um sonho, uma esperança um bom recado
que querem descobrir... Acreditar!
Ó Mestre, não é o fim! Que te superes!...
Silêncio! Deus é mais! Não vai faltar!...
J. Thomaz Filho
Por que vocês insistem nesse olhar?
Quem disse que escolhi morte cruel?
A vida eu escolhi, eu vim cuidar!
Tortura é insensatez, não é papel
de humano contra humano!... Sem lugar!
Eu fui fiel ao Pai! Olhem pra mim!
Não veem que eu acendi a luz do céu?
Não veem que vim limpar esse jardim?
Não veem que esvaziei esse tonel
do peso sobre o irmão?... Por paz eu vim!
A cruz!... Ela queria me calar!
A cruz me disse não. Eu disse: Sim!
J. Thomaz Filho
É preciso que lavemos os pés
uns dos outros, sem orgulho, arrogância.
Eu sou frágil, assim como tu és.
O cuidado é da maior importância:
mundo irmão! Não haja réus e nem rés!
Simples vírus pode dar-nos lição:
de que valem ambição e ganância
quando estamos sem saída, sem chão?
Pois lavemo-nos os pés!... Que fragrância
nós podemos descobrir, bem à mão!
Se o poder apronta cruz e revés,
nosso Mestre é luz, vigor e perdão!
J. Thomaz Filho