Depois de vida inteira dedicada,
me põem aqui num canto, pra morrer.
Decidem que findou minha jornada.
Sim, cuidam do meu físico... sem ver
que o chão da convivência é minha estrada.
Um morro à minha frente e algum jardim...
Comida em mesa farta... mas sem ter
alguém pra partilhar o quanto em mim
ainda é lucidez e bem-querer...
De fato, é pra esperar somente o fim.
Se for como Deus quer, não digo nada...
(Não dói notar alguém sentindo assim?...)
J. Thomaz Filho