O nosso irmão Waldemar foi leal:
que seja a terra o que o céu é de fato!
A consciência, o vigor e o real
assinam juntos o mesmo contrato:
justiça e paz cultivar no quintal.
Há mães, há muitas mães que estão sofrendo
a dor de tanta perda, dia a dia!
O nosso conviver está devendo
ao mundo, ao nosso tempo uma ousadia:
a paz é essencial, não é um adendo!
Chamamos Deus de Pai, mas, na verdade,
olhando para o rosto de Jesus,
que é o rosto de Deus Pai – que lealdade!-,
nós temos de notar que Ele faz jus
ao nome de Mamãe: tanta bondade!
Lavou os nossos pés o tempo inteiro,
foi ânimo pra toda a caminhada,
foi rumo, foi vigor e foi roteiro,
foi voz de uma clareza inigualada,
mostrou como se cuida do canteiro.
Não há mortos, não há! Somente vivos!
E os dizermos em Deus adormecidos
é uma falha de quem só vê os arquivos
e está preso no frágil dos sentidos.
Pela fé, todos vivos, bem ativos!
Aquele semeador um tanto estranho,
assim, para os padrões do nosso empenho,
que enxerga diferente perda e ganho,
e traça para nós outro desenho,
me vem olhar nos olhos. Eu me acanho.
Além do que repetes todo dia,
me marcam os teus gestos, teu olhar.
Me fazes compreender que uma alegria
precisa vir de dentro, e se firmar.
Exige o meu suor essa harmonia.
Montando um jumentinho tu desmontas
as muitas pretensões ao teu redor
e chegas sem despojos, sem afrontas
ao fraco ou qual que seja outro suor.
És lúcido, tu fazes outras contas.
J. Thomas Filho nos envia um novo poema especial para o Dia Internacional da Mulher, intitulado "Novas Marcas". Mulheres, parabéns por sua vida entre nós!
A mão do nosso Deus também prepara
com todo o gosto seu uma vitrina:
sem nada de fulgor ou peça rara,
mas plena da ternura que se inclina
a tantos que esta vida desampara.