Ontem iniciamos o tema do terceiro encontro da cartilha "Não será assim entre vós! Política e ética nas eleições" , editado pelo CEBI. Lembrando, o tema é: "Uma escolha inteligente traz sucesso permanente". A leitura bíblica que fizemos foi sobre a fábula das árvores, do livro dos Juízes 9,8-15. Vamos agora entender essa fábula.
Nela as árvores querem que uma delas se torne o rei. Esse pedido vem justamente para fazer frente ao pedido que o povo estava fazendo na época, de ter um rei.
O tempo dos Juízes, das tribos, foi o melhor tempo vivido por Israel. Após ter passado pela opressão nas mãos dos egípcios o povo de Israel caminha pelo deserto em busca da terra prometida, terra esta conquistada sob o comando de Josué e partilhada entre os descendentes de Jacó.
Quando acontecia algum problema, alguma guerra, um juíz era suscitado por Yahweh para atender o povo. "Não era um cargo vitalício, não era um rei. Depois de sua morte, o cargo não passa para o seu filho.". Um juiz muito conhecido é Sansão.
O problema de Israel, é que como todos os povos tinham um rei, eles também queriam ter um rei. Quando os anciãos de Israel se reúnem para dizer a Samuel que querem um rei, que exerça a justiça entre eles, como em todas as nações, Yahweh lhe assegura que não é a ele, Samuel, que o povo rejeita, mas ao próprio Deus.
Voltando à fábula, ela foi contada por Joatão quando seu irmão "Abimelech usou de violência para com seus irmãos candidatos a governar o povo de Israel. Conseguiu convencer a todos para proclamá-lo rei.".
Percebemos então, que Abimelec é o próprio espinheiro. E quem são nossos espinheiros hoje, que dizem que nos darão sua sombra em troca de espinhos?
São candidatos que aparecem uma vez a cada quatro anos no seu bairro, para apertar sua mão em época de eleição e sumir durante todo o seu mandato. São candidatos que jogaram no time que a gente torce e usam o emblema do time para ganhar votos. São candidatos que têm a mesma religião que a nossa e que usam desse fato para ganhar alvarás de funcionamento, colocar nome de santo, pastor ou orixá nas ruas do bairro.
E por que é que as oliveiras, as figueiras e as videiras não aceitam deixar seus postos para reinar? Obviamente porque nenhum poder lhes trará a satisfação de servir.
Mas com Jesus Cristo temos uma nova realidade. Jesus nos mostra a outra face do poder: um poder a serviço do irmão, que ele nos ensina no Lava-Pés.
É desse poder que estamos falando, é desse poder que precisamos para nossa cidade.
Quando começamos a fazer o levantamento do trabalho dos nossos vereadores eu pedi a vocês que nos trouxessem informações, denúncias fundamentadas. Hoje quero retomar este pedido, mas que enviem informações confiáveis sobre candidatos honestos, candidatos que estão a serviço do povo.
Queremos poder desfrutar, nos próximos 4 anos, deste azeite que honra a Deus, do sabor doce do figo e do vinho novo que alegra a Deus e aos homens.
FONTE: O artigo de Marília Amaral nos foi enviado diretamente pela autora, tendo sido primeiramente veiculado pela Rádio 9 de Julho no dia 21 de agosto de 2012. Sua reprodução é autorizada pela Rádio 9 de Julho.
NOTA: O livro citado pode ser encontrado no site do CEBI.