A Campanha da Fraternidade de 2012 (CF-2012) aborda o tema "Fraternidade e Saúde Pública", e já são várias as atividades preparatórias em nossa Igreja para o pleno desenvolvimento da CF em 2012, não só no período da Quaresma, como ao longo de todo o ano.
Este último ponto tem sido constantemente realçado pelas lideranças religiosas ou leigas dentro das nossas dioceses, regiões episcopais, CLASP, regionais, CNLB e pela própria CNBB. Infelizmente, apesar dessa firme recomendação, esta prática ainda não se estabelece na maioria de nossas paróquias. Seja por falta de conhecimento, descaso ou mesmo preguiça uma boa parte dos leigos e párocos simplesmente limita a CF a um período curto do ano e ao interior de nossas igrejas, sem realmente deixa-la existir em plenitude dentro de sua comunidade, cidade e sociedade.
Outro ponto importante a ser considerado é a visão que alguns tem de que a campanha de 2012 será voltada e executada apenas pela Pastoral da Saúde. Claro, é evidente o grande e principal envolvimento da Pastoral da Saúde na CF-2012, mas lembremos que "Políticas Públicas" não poderia deixar de envolver a PFP, que "Saúde Públlica" também depende da qualidade do meio-ambiente em que vivemos, o que toca a Pastoral do Meio Ambiente e interliga a CF-2011 com a CF-2012. Resumindo, "saúde" é algo que em maior ou menor grau toca todas as nossas pastorias sociais e deve ser trabalhado em conjunto por todos nós e com uma visão mais ampla que aquela focada apenas na Quaresma e/ou em um grupo específico de pessoas.
Prepare-se a partir de agora para a CF-2012, compreenda sua importância e atue pelo bem comum, divulgue a CF em sua comunidade. Leia o Texto-base e os demais materiais disponibilizados pela CNBB. Abaixo alguns trechos selecionados do Texo-base da CF-2012 para nossa reflexão:
"A Igreja no Brasil, para enfrentar os grandes desafios à ação evangelizadora, percebe a necessidade de voltar às fontes e recomeçar a partir de Jesus Cristo. Toda a ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. No contexto eclesial, não há como empreender ações pastorais sem nos colocarmos diante de Jesus Cristo.
Esta perspectiva norteia as novas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral. Ela é condição para que, na Igreja, aconteça uma conversão pastoral que a coloque em estado permanente de missão, com o advento de inúmeros discípulos missionários, enraizados em critérios sólidos para ver, julgar e agir no enfrentamento dos problemas concretos e urgentes da vida de nosso povo."
"A solidariedade, de acordo com a Doutrina Social da Igreja, é um princípio com dois aspectos complementares: um social e outro ligado à virtude moral. Esses aspectos da solidariedade devem nortear as pessoas em suas relações, além de levá-las a compromissos em prol do bem comum e da transformação das estruturas injustas que ferem a dignidade da pessoa. A solidariedade precisa se efetivar em ações concretas, convergindo para a caridade operativa."
"Estes princípios oferecem bases para uma reflexão oportuna sobre as responsabilidades no campo da saúde. Se é dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos, é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que, por meio de hábitos saudáveis e de exames preventivos, contribua para evitar as doenças. Se cabe ao Estado providenciar toda a assistência médica aos enfermos, cabe à família o acompanhamento dedicado e carinhoso aos seus que adoecem. A família, o Estado e a Igreja têm funções distintas, mas complementares no processo de tratamento de seus membros adoecidos."
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Fonte: CNBB