Os brasileiros, que por anos, viram-se desprovidos pelos anos ditadura no exercício da escolha livre dos seus governantes, experimentam há anos essa possibilidade. É uma jovem democracia o nosso país! Muitos brasileiros ainda não amadureceram na consciência da importância de seu voto e por isso trata-o com desdém.
Apesar disso, é rico e fascinante um país onde o voto do pobre e do rico, do letrado e do analfabeto, do urbano e do rural tem o mesmo valor e peso de decisão. Só essa característica era para garantir um exercício mais livre e consciente nos pleitos que nós, brasileiros, devemos enfrentar.
O termo democracia tem sua origem na Grécia antiga e vem dos termos demo, que é povo e kracia, que é governo, ou seja, é um regime de governo em que o poder de tomar as decisões políticas está com os cidadãos, que de forma direta ou indireta, por meio de representantes eleitos, ditam a melhor maneira de gerir o bem público e o bem estar comum.
Democracia se constroi, não nasce pronta e nem é um presente ou benefício a nós outorgado. Ela se edifica e se forma, primeiro, no âmbito pessoal, quando cada cidadão, consciente de seu papel dá valor e importância ao seu voto com único e insubstituível. Segundo, quando os que pleiteiam são levados pela consciência de que devem buscar o bem comum, no melhor ideal de servir à comunidade. Terceiro, quando o sentido e significado da participação na decisão sem coação e sem interesses inidôneos e escusos torna-se consciente coletivo. Efetivamente, a democracia cresce quando se estabelece uma disputa honesta, sem corrupção, baixarias de quem ganha e de quem perde, dos eleitos e dos eleitores.
É preciso que os cidadãos não percam de vista a responsabilidade do seu ato – de legar a outrem a função de zelar pelo bem sua polis. Inicia-se agora em nossas cidades o compromisso de acompanhar os eleitos por meio da participação nos conselhos municipais e na construção de governos e orçamentos participativos que priorizem aspectos essenciais de nossa vida, tais como: educação, saneamento, transporte, saúde, geração de empregos, segurança pública, cultura, lazer, infra-estrutura... Inicia-se o tempo, dos prefeitos e vereadores que assumirão os mandatos em 2013, de construírem governos que assumam a máquina publica, não com o objetivo de usurparem privilégios ou bens pecuniários, mas para o exercício generoso e altruísta em favor dos cidadãos.
Somente assim é que nossa jovem democracia marcada, infelizmente, por tantos vícios e corrupção, será capaz de dar mais um passo em direção a uma realidade onde os valores cristãos do bem de todos, da justiça social, da honestidade e da liberdade se presentifiquem e nos tragam a esperança de tempos e lugares melhores para se viver. A democracia não é simplesmente o governo da maioria, mas é, sobretudo, o governo que se dá pela discussão pública e é capaz de proporcionar transformação efetiva e real na vida do cidadão.
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