PASTORAL FÉ E POLÍTICA

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Memória das Semanas Sociais Brasileiras

A aula na Escola de Fé e Política Waldemar Rossi em 07/10/2013 foi ministrada por Rosilene Wansetto que é Socióloga formada pela PUC SP e mestre em Ciência Política pela PUC SP. Coordenadora da Rede Jubileu Brasil e membro da Coordenação Nacional da 5a. Semana Social Brasileira. Membro da Comissão de Formação e Teologia do CLASP. A professora fez uma retrospectiva históricas das Semanas Sociais Brasileiras (SSB).

Apresentou os temas de cada semana, os detaques, o contexto em que se desenvolveu, as perspectivas que cada SSB apontou e as bandeiras. Destacou o legado/frutos de cada SSB e o sonho que envolve todas elas 

 

Um  país politicamente democrático, economicamente justo, socialmente solidário, culturalmente plural, ecologicamente sustentável, regionalmente diversificado, religiosamente ecumênico. 

Destacou o problema da dívida pública, a somatória da divída externa com a dívida interna. Atualmente a dívida brasileira interna é muito maior que a externa e se traduz em falta de investimento em Políticas Públicas. Os movimentos sociais clamam pela Auditoria oficial da dívida brasileira, uma vez que os brasileiros tem o direito de saber: Que dívida é esta que onera nosso Estado? 

Nessa mesma perspectiva temos a problemática de obras que são realizadas com dinheiro público e acabam sendo exploradas pela iniciativa privada. Ex: os estádios da Copa do Mundo são construídos pelo Estado por meio da isenção fiscal e admnistrados pelos particulares. 

Essa temática coninuará a ser discutida. Você pode acessar a apresentação qua a professora disponibilizou aqui.

No site da SSB você encontra o histórico a seguir:

1a Semana Social Brasileira: Mundo do trabalho, desafios e perspectivas (03 a 08 de novembro 1991)

Tratava-se, entre outras coisas, de confrontar as inovações tecnológicas emergentes com as relações que elas implicavam no mundo do trabalho. O que significava colocar em pauta o desemprego e subemprego, formas de trabalho escravo, infantil, temporário e degradante.

2a Semana Social Brasileira: Brasil, alternativas e protagonistas (24 a 29 de julho de 1994)

O tema principal foi o fortalecimento do debate sobre “O Brasil que a gente quer, o Brasil que nós queremos”. Tratava-se de buscar alternativas ao modelo econômico neoliberal, imposto através das privatizações e do sistema financeiro internacional. Ao fim desta Semana chegou-se a uma síntese: “Brasil economicamente justo, politicamente democrático, socialmente solidário e culturalmente plural”. Destaca-se como resultado desta 2a SSB o nascimento do Grito dos Excluídos.

3a Semana Social Brasileira: Resgate das Dívidas Sociais  justiça e solidariedade na construção de uma sociedade democrática (semana de 3 anos  1997 à 1999)

Esta 3a Semana incentivou um processo plural e participativo de reflexão e mobilização da sociedade em torno do resgate das dívidas sociais e da conquista de direitos, sobretudo dos excluídos. Motivados pelo processo da SSB realizou-se simpósios, tribunais e um plebiscito nacional sobre a Dívida Externa como continuidade. Neste período surge a Rede Jubileu Sul no Brasil, nas Américas, Ásia e África atuando na defesa de um mundo sem dívidas financeiras e sociais.

4a Semana Social Brasileira: Mutirão por um novo Brasil  Articulação das forças sociais para a construção do Brasil que nós queremos 

A 4a Semana teve como motivação juntar as forças vivas e ativas da sociedade, em vista de uma maior incidência política, maior visibilidade e maior impacto sobre a transformação social e na construção do Brasil que queremos.

Partiu-se do pressuposto de que o panorama da concentração da riqueza e da renda, das injustiças e desigualdades sociais, da violência institucionalizada, do desemprego estrutural e da exclusão social, entre tantos outros problemas, continuavam a fazer parte da realidade econômica, política, social e cultural do Brasil e do mundo. Daí a necessidade da reflexão e ação sobre esse quadro de uma situação que clama por justiça. Deste acúmulo, junto com as forças sociais que vinham da Campanha contra a ALCA, surge a Assembléia Popular.

 

Fonte: Semana Social Brasileira, EFP Waldemar Rossi.

Márcia M. de Castro

Márcia M. de Castro
Márcia Mathias de Castro é fonoaudióloga, membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo e Coordenadora da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi (RE Belém). Também é colaboradora da Rádio 9 de Julho (AM 1.600 KHz - SP), participou da Escola de Governo e do Movimento de Integração Campo Cidade (MICC).