PASTORAL FÉ E POLÍTICA

Arquidiocese de São Paulo

ptarzh-CNenfrdehiitjarues

Temos 205 visitantes e Nenhum membro online

Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município

Amanhã a cidade de São Paulo completa 460 anos! Vamos conhecer os dados da 5ª edição da Pesquisa de percepção dos cidadãos chamada IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) divulgada pela Rede Nossa São Paulo e registra que os paulistanos atribuem nota 4,8 para a qualidade de vida em São Paulo. Como as notas dos entrevistados podiam variar de 1 a 10, a avaliação ficou abaixo da média da escala, que é de 5,5.

A pesquisa aborda 25 temas, tanto os relacionados às condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto os ligados a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer. Apenas quatro dos temas pesquisados receberam avaliação acima da média: Relações humanas (6,2), Trabalho (6,1), Tecnologia da informação (5,9), e Religião e espiritualidade (5,7). O tema Convivência com animais ficou exatamente na média da escala (5,5) e todos os demais ficaram abaixo desse número.

As piores notas foram atribuídas pelos paulistanos para Transparência e participação política (3,0), Desigualdade social (3,5), Acessibilidade para pessoa com deficiência (3,8) e Segurança (3,9).

O levantamento também revela a avaliação das instituições e, segundo os números apresentados por Márcia Cavallari, do Ibope Inteligência, os paulistanos estão mais rigorosos com os representantes do poder público. Apenas 6% dos entrevistados consideram a atuação da Câmara Municipal ótima ou boa. No caso da Prefeitura, o percentual de avaliações positivas é de 11%. As subprefeituras obtiveram 12%. Somente 6% da população considera a cidade segura e há uma insatisfação cada vez maior com a questão da transparência pública. Os desafios são grandes para que a cidade de São Paulo possa avançar. Confira aqui a 5ª edição da pesquisa IRBEM.

Algumas das conclusões do estudo são:

  • Para 39% dos entrevistados a qualidade de vida na cidade melhorou um pouco ou “melhorou muito” em 2013. Em 2012, a porcentagem era de 38%;
  • 55% das pessoas, se pudessem, mudariam de cidade. Em 2012, eram 56%;
  • Em 2013, 93% dos entrevistados afirmaram que a cidade é um lugar “pouco seguro” ou “nada seguro”. No ano passado, eram 91%. O número vem piorando ao longo dos anos;
  • Violência em geral, Assalto/roubo e Tráfico de drogas são, nessa ordem, os maiores medos dos paulistanos;
  • Caiu de 76% para 71% o número de entrevistados que afirmaram ter utilizado algum tipo de serviço público de saúde em 2013. E de 52% para 41% os que utilizaram os serviços públicos de educação;
  • Caiu o tempo de espera pelos serviços públicos de saúde na cidade: consultas (de 66 para 60 dias), exames (de 86 para 79) e procedimentos mais complexos (de 178 para 170);
  • No serviço privado de saúde a queda foi significativa: consultas (de 16 para 7 dias), exames (de 20 para 7 dias) e procedimentos mais complexos (de 44 para 19 dias);
  • Avaliação da administração municipal: caiu de 17% para 11% os que consideram “ótima/boa”, aumentou de 48% para 49% os que disseram ser “regular” e subiu de 35% para 39% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
  • Avaliação da subprefeitura: caiu de 18% para 12% os que consideram “ótima/boa”, aumentou de 45% para 46% os que disseram ser “regular” e subiu de 35% para 39% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
  • Avaliação da Câmara Municipal de São Paulo: caiu de 11% para 6% os que consideram “ótima/boa”, de 39% para 37% os que disseram ser “regular” e subiu de 46% para 54% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
  • Corpo de Bombeiros, Correios e Sabesp, nesta ordem, são as instituições com maior confiança da população. Câmara Municipal, Prefeitura e Subprefeituras, nesta ordem,  permanecem entre as instituições com menor confiança da população.
  • Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município:
  • Dos 169 itens avaliados (com notas que poderiam variar de 1 a 10), 137 receberam nota abaixo da média, que é 5,5. No ano passado, 139 estavam abaixo da média;
  • Relação com a família, Relação com os amigos e Acesso ao uso da Internet foram, nessa ordem, os itens mais bem avaliados;
  • Honestidade dos governantes, Punição à corrupção e Transparência dos gastos e Investimentos públicos foram, nessa ordem, os itens que receberam a pior avaliação;
  • Saúde, Educação, Trabalho, Habitação e Segurança foram, nessa ordem, as áreas consideradas de maior impacto na qualidade de vida da população;
  • Neste ano, a pesquisa anuncia um novo dado: o Índice de Bem-Estar na cidade de São Paulo. Com base na média ponderada das respostas, o número é 4,8.

O Papa Francisco nos escreve que «ser cidadão fiel é uma virtude, e a participação na vida política é uma obrigação moral». Mas, tornar-se um povo é algo mais, exigindo um processo constante no qual cada nova geração está envolvida. É um trabalho lento e árduo que exige querer integrar-se e aprender a fazê-lo até se desenvolver uma cultura do encontro numa harmonia pluriforme (Evangelii Gaudium, 220).

 

Fonte: Rede Nossa São Paulo. Programa exibido na Rádio 9 de Julho no Programa Igreja em Notícia no dia 24/01/2014, reproduzido aqui com autorização da autora.

 

 

Márcia M. de Castro

Márcia M. de Castro
Márcia Mathias de Castro é fonoaudióloga, membro da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo e Coordenadora da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi (RE Belém). Também é colaboradora da Rádio 9 de Julho (AM 1.600 KHz - SP), participou da Escola de Governo e do Movimento de Integração Campo Cidade (MICC).