Menino, teu olhar não quer distância.
E nasces bem à beira do abandono,
bem lá, onde não chega a relevância...
Pastores do suor têm outro sono,
depois de visitarem tua infância.
Se os grandes te teceram armadilha,
o olhar dos pequeninos foi de abono
de quem viu no bem pouco a maravilha
da solidariedade, não de um trono.
Quem vem assim pequeno não humilha!
Menino, no teu pouco que abundância!
Natal: lição profunda de partilha.