Em meio a nossos estudos sobre a Doutrina Social da Igreja e sobre a Câmara Municipal, nada melhor do que fazer uma pausa para homenagearmos a Mãe de Deus na figura de Nossa Senhora de Fátima.
Primeiramente, quero explicar o motivo pelo qual nós nos referimos a Maria como mãe de Deus. Repetimos a cada Ave-Maria essa invocação, sem talvez nunca termos nos questionado sobre tal motivo.
A princípio pensava que chamávamos Maria de Mãe de Deus, porque ela é mãe de Jesus e como Jesus é Deus, então ela também seria Mãe de Deus. Até que lendo o Evangelho da visitação, o Pe. Simões explicou que quando Isabel pergunta a Maria: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”, esse Senhor que Isabel se refere não é Jesus Cristo, porque ela ainda não o conhecia, ele nem tinha nascido; mas era do próprio Deus do Primeiro Testamento, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.
Aí já aparece uma chave para entendermos a Santíssima Trindade.
Sobre a aparição de Nossa Senhora, acredito que muitas católicas e muitos católicos tenham a sua devoção particular, mas antes de nos prendermos a uma aparição específica, devemos nos espelhar em Maria de Nazaré.
Aquela menina que aceitou o plano de Deus em sua vida, sem hesitar. Devemos nos espelhar em sua fé.
Que entendeu que receber Jesus Cristo é colocar-se a serviço, porque foi isso o quê ela fez assim que a força do Altíssimo a cobriu com sua sombra. Quantas pessoas, ainda hoje, recebem Jesus Cristo na Comunhão e voltam para suas casas, vivem sua semana como se nada tivesse acontecido; e pior ainda passam a semana dando anti testemunho daquele Cristo no qual proclamaram sua fé? Pedro negou Jesus 3 vezes. Muitos católicos negam Jesus o tempo todo. Maria esteve firme, ao lado de seu filho, mesmo na hora da perseguição.
Quero aproveitar para dar um testemunho meu, até para servir a muitos católicos a defenderem sua fé, seu amor por Maria. Eu tenho um filhinho que tem a Trissomia do Cromossomo 21, para mim, tristemente conhecida como Síndrome de Down, pois acho que esse cientista não é merecedor de ter seu nome em pessoas tão inocentes, mas isso é assunto para outra conversa. Que pai e que mãe, mas vou me ater aqui somente às mães, qual mãe que tem um filho especial e que nunca ouviu alguém dizer: “Filhos especiais são para mães especiais”. A gente até se sente assim mesmo: escolhida por Deus para amar aqueles que a sociedade rejeitaria.
Ouço isso até de amigas e amigos evangélicos.
Pois bem, se nós, que somos pecadoras, tivemos o privilégio de ser escolhidas por Deus para amar esses filhos prediletos, quanto mais Deus não teria escolhido a dedo aquela a quem seu Filho chamaria de mamãe. Quão especial é então, a mãe de Deus? Digna de ser chamada de Bem-aventurada por todas as gerações. E lembremo-nos de que Jesus ao enumerar todas as bem-aventuranças, estava também aclamando sua mãezinha.
Fonte: O artigo nos foi enviado diretamente pela autora, tendo sido primeiramente veiculado pela Rádio 9 de Julho (1.600 KHz, SP)