PASTORAL FÉ E POLÍTICA

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Escola de Fé e Política Waldemar Rossi

Conexões entre meio ambiente, populações tradicionais e estado: desafios recentes nas visões das pastorais sociais, da academia e das organizações sociais

Em 18/04/2016 a Escola de Fé e Política Waldemar Rossi teve a honra de promover o debate sobre Conexões entre meio ambiente, populações tradicionais e estado: desafios recentes nas visões das pastorais sociais, da academia e das organizações sociais. Os debatedores foram Lisângela Kati Nascimento (NUPAUB-USP), Osvaldo Aly Jr (ABRA-SP),  Pe. Antonio Naves (CPT-SP) e D. Nicolas de Moreas (Bispo Ortodoxo).

 

O evento evento foi articulado pelas entidades dos debatedores, pela Pastoral da Juventude e Escola de Fé e Política Waldemar Rossi.

 

Iniciou-se com a mística a partir do encontro do Papa Francisco com os Movimentos Sociais.

 

"Digamos juntos de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem velhice digna. Sigam a sua luta e, por favor, cuidem muito da Mãe Terra."

Encerramento do discurso do Papa Francisco no 2º Encontro Mundial dos Movimentos Sociais – Bolívia - 2015

Com palavras diretas o Papa Francisco aponta o cuidado com a Mãe Terra e os caminhos dos Direitos essenciais para a vida em dignidade, conforme refletiu Vitor Scotton da Escola de Fé e Política.

 

Em seguida foi composta a mesa de debate com

Lisângela Kati Nascimento

Cientista Social

Mestrado e Doutorado em Geografia - Populações tradicionais e educação no Vale do Ribeira

Membro do Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre populações humanas em Áreas Úmidas Brasileiras (NUPAUB-USP)

 

Osvaldo Aly Jr

Engenheiro Agrônomo, Diretor da Associação Brasileira da REforma Agrária (ABRA-SP)

Doutorando em águas subterrâneas

Professor da UNIARA

 

Pe. Antonio Naves

Pároco da Paróquia Rainha dos Apóstolos

Membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT-SP) e

 

D. Nicolas de Moreas

Bispo Ortodoxo da Ordem dos Hospitaleiros

 

Lisângela Kati Nascimento

Falou da importância de espacos de formação como a Escola

Definiu Política publica como a materialização do direito

Ações para concretizar esse direito

 

O Secretario de Estado da Educação disse que não é possivel garantir os direitos

A crise da educacao recente sobre fechamento das Escolas levantou toda a discussão sobre a educação.

Fechar escolas nao é a toa, tem um projeto de desmonte de direitos garantidos na Constituição Federal de 88.

Vários conjuntos de leis viabilizam a execução de políticas públicas

Construidas a partir das lutas e movimentos sociais

 

Vale do Ribeira - região onde a politica pública tem maior dificuldade de se materializar.

A população local foi quem preservou essa região

Aprenderam a conhecer aquela região mesclando cultura indigena com a africana

Manutenção da biodiversidade

Direito a terra acaba sendo negado.

 

A apresentação da professora será disponibilizada aqui.

 

Osvaldo Aly Jr

Falou das organizações sociais, das ações do Estado e da importância da Reforma Agrária voltar a pauta com urgência para reabrir esse debate, favorecer aos pequenos e enfrentar o agronegócio e o latifúndio fonte de extrema desigualdade no país. 

 

D. Nicolas de Moreas

Falou sobre as Tragédias atuais

Orientar a vida no sentido de maximizar os lucros pelo incentivo ao consumismo

Desumanização do ser humano na tempestade do consumo

Pequenos produtores não servem ao Estado

Se produz para sua comunidade, não interessa ao modelo do consumo

Solução = resistência

Manter as pessoas nas suas casas

Promover o desenvolvimento local

Desenvolver nossas soluções locais

Proteger a natureza, nossa cultura

Todas conquistas sao frutos das lutas e resistências dos povos

Jesus nos chama a servir!

Até agora nao vi um Estado que serve ao povo

 

Pe. Antonio Naves

O Secretário de Educação diz que a Educação nao é direito

 

Papa Francisco

O que acontece com nossa Mãe Terra?

Estamos estrupando

 

Quem ajuda a sujar?

Mídia mundial

Persegue os lutadores do povo

Distorce as notícias

 

Desafio a todos ao cuidado com o Planeta

Quinto Evangelho = criação

 

Raiz humana da crise

Economia injusta

Estado é um banco de negócios

Cultura - a arte de olhar para o outro

 

 

Gabriel da Silva Teixeira

Conselheiro da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA) - Núcleo SP.
Pesquisador da UNICAMP.
 
Falou sobre a relação conflituosa muitas vezes assumida pelas políticas de estado junto às populações tradicionais. Um exemplo é o fechamento de escolas rurais no Vale do Ribeira, que força muitas famílias à se deslocarem para as periferias das cidades em busca de educação de qualidade. Esse translado enfraquece o vínculo das pessoas com seus territórios de origem, fato que muitas vezes é pretendido pelos próprios gestores públicos, interessados em dar outro destino aos territórios e suas riquezas.

 

O pesquisador refeiu-se à Natureza espaço de justiça,

Os lugares mais biodiversos são aqueles que a população local preservou.

Comunidades tradicionais

O homem e sua forma de produção são fatores de injustiça

Estado desigual

Corta direitos para garantir lucro maior àqueles que tem poder econômico

Mineradores

 

Unidade de Conservação (UC)  expulsa a comunidade e depois que esvazia, privatiza.

 

Debate

Flávio apresentou o Movimento de Integração Campo Cidade (MICC) que há mais de 20 anos atua para dar diginidade ao trabalhador do campo e alimento sadio ao trabalhador da cidade.

 

Diego falou sobre Milton Santos

Milton Santos dizia da geografia e a biografia, as pessoas.

 

Nao podemos fechar mais escolas rurais.

Precisa garantir o transporte seguro para as crianças

Ao fechar escola no meio rural, contribuo para expulsar essa familia do campo.

Leis que garantem a educação quilombola na escola rural

A alimentação não respeita os valores das comunidade

Recebem macarrão com salsicha

 

Politicos do Vale do Ribeira

Fortes atendem a interesse da elite

Fazendeiros e mineradores

Minoritarios

Ambientalistas e algumas universidades

 

Recuperar a bandeira da reforma agrária

Um pais nao se desenvolve sem a reforma agraria

A concentração de terras é fonte de desigualdade

O agronegócio diminuiu a área de preservação para garantir a exploração

O álcool acaba com o trabalhador

Luta pela preservação dos nossos mananciais

Defender o nosso verde na cidade

Muitos brasileiros vivem na cidade muito mal

Interressa esvaziar o campo, pois assim ninguém vê a exploração.

A politica é muito mais forte para o agronegócio do que para o pequeno produtor.

Passamos a exportar a carne de boi e hoje nao tem mais na mesa do trabalhador

IPEA fez o mapa de conflitos.

 

Auto estima do povo brasileiro

Sem isso não tem desenvolvimento

 

Igreja institucional e espiritual

Igreja do Evangelho

Igreja é espelho da sociedade

Somos todos igreja, temos que intervir.

 

Papa Francisco em Louvado Seja 

129. Para se conseguir continuar a dar emprego, é indispensável promover uma economia que favoreça a diversificação produtiva e a criatividade empresarial. Por exemplo, há uma grande variedade de sistemas alimentares rurais de pequena escala que continuam a alimentar a maior parte da população mundial, utilizando uma porção reduzida de terreno e de água e produzindo menos resíduos, quer em pequenas parcelas agrícolas e hortas, quer na caça e recolha de produtos silvestres, quer na pesca artesanal. As economias de larga escala, especialmente no sector agrícola, acabam por forçar os pequenos agricultores a vender as suas terras ou a abandonar as suas culturas tradicionais. As tentativas feitas por alguns deles no sentido de desenvolverem outras formas de produção, mais diversificadas, resultam inúteis por causa da dificuldade de ter acesso aos mercados regionais e globais, ou porque a infra-estrutura de venda e transporte está ao serviço das grandes empresas. As autoridades têm o direito e a responsabilidade de adoptar medidas de apoio claro e firme aos pequenos produtores e à diversificação da produção. Às vezes, para que haja uma liberdade económica da qual todos realmente beneficiem, pode ser necessário pôr limites àqueles que detêm maiores recursos e poder financeiro. A simples proclamação da liberdade económica, enquanto as condições reaisimpedem que muitos possam efectivamente ter acesso a ela e, ao mesmo tempo, se reduz o acesso ao trabalho, torna-se um discurso contraditório que desonra a política. A actividade empresarial, que é uma nobre vocação orientada para produzir riqueza e melhorar o mundo para todos, pode ser uma maneira muito fecunda de promover a região onde instala os seus empreendimentos, sobretudo se pensa que a criação de postos de trabalho é parte imprescindível do seu serviço ao bem comum.

A variedade da economia x Monopolio

Temos que intervir

 

Quem é sujeito que pensa

Cnstituição Federal 182 e 185

 

Campo e cidade

Estradas são elos de comunicação,  estão controladas

A palavra reforma agraria foi sendo extinta do nosso vocabulario, baixando auto-estima e reduzindo direitos.

 

Minas Gerais movimento popular conseguiu recuperar mais de 4 mil nascentes

 

Um planeta com proprietarios é um absurdo

Não tem espaco para o povo

Homem tem que cuidar, não explorar

Temos que conviver

 

Convites:

Simpósio de Eco teologia em Santo André

Paranapiacaba

8, 9 e10 de julho

 

CPT livro de conflitos do campo

 

Audiencia da assembleia legislativa da billings

26/04/2016

 

Fotos do evento em Escola de Fé e Política Waldemar Rossi

 

DEbate

 

Acesse o material clicando:

 

Conexões entre Meio Ambiente, Populações Tradicionais e Estado.

 

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