Em 09/05/2016 a Escola de Fé e Política fez uma homenagem áquele que em 2012 foi homenageado pela Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo para receber o nome da Escola Waldemar Rossi.
Ele Ficava extremamente feliz com as ações assumidas pelos alunos e alunas, inserindo em conselhos de políticas públicas, organizando grupos na periferia e desenvolvendo a consciência crítica.
Na sabedoria de um semeador, sabia da importância de semear e não tinha pressa, nem imediatismos. Falava que as mudanças ocorrem em processos e que os processos precisam ser desencadeados.
Em seguida Renê Roldan refletiu sobre a história de Waldemar Rossi e sobre o Profeta Amós que inspirou o lema da CF deste ano.
Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Am 5,24)
O livro de Amós está contextualizado no reinado de Jeroboão II (781-753 a.C.);
Período de grande avanço econômico e prosperidade para o rei, nobreza e grandes proprietários;
A religião oficial, centrada no culto a Deus nos templos de Betel e Jerusalém favorecia estes empreendimentos;
Camponeses eram explorados pela cobrança de impostos e dízimos.
Amós chama a atenção para:
As consequências de um desenvolvimento econômico que não apresentava igualdade e justiça para todas as pessoas;O caos social: relações afetivas estavam se rompendo; (Am 2,6-8)A manipulação da fé em Deus por parte da religião oficial; (Am 4,4-5)Deus quer justiça para todas as pessoas (Am 9,7-8)
Campos, Carlos de Jesus (11) 9 9665 3069, email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Formado na UNESP-FATEC, em Construção Civil modalidade Obras Hidráulicas
Diretor de Projetos da ONG AÇÃO E CIDADANIA – PLANETA 21
Funcionário concursado do SEMASA – Santo André, em licença.
Assessor técnico da Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Guarulhos
O projeto é de baixo custo, não oferece impacto à população às margens e promove o retorno à vida no Córrego.
Em 02/05/2016 a Pastoral Fé e Política participou do evento da Campanha da Fraternidade na Câmara Municipal de São Paulo e apresentou o seguinte discurso:
Excelentíssimos vereadores
Reverendíssimas lideranças das nossas Igrejas
Somos gratos à Câmara Municipal por nos acolher neste tempo importante para os cristãos brasileiros.
No Brasil, desde 1963, se realiza durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade. Ela propõe a cada ano uma motivação comunitária para a conversão e a mudança de vida. Em 2016, a Campanha da Fraternidade trata do saneamento básico. Ela tem como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade”. Seu lema bíblico é tomado do Profeta Amós: “Quero ver o direito brotar como fonte e a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5, 24).
É a quarta vez que a Campanha da Fraternidade se realiza com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Mas, desta vez, ela cruza fronteiras: é feita em conjunto com a Misereor, bispos alemães.
O objetivo dessa Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) é o de “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”.
A justiça para todos é o grande clamor dos nossos tempos.
O saneamento básico precisa ser priorizado como uma ação de combate à miséria, buscando a preservação do meio ambiente e a manutenção da saúde pública em níveis adequados;
Compreendemos que o acesso ao saneamento deve ser considerado um bem de caráter público, destinado à inclusão social e garantia da qualidade de vida. O acesso ao saneamento básico é um dos principais instrumentos de proteção da qualidade dos recursos hídricos, de inibição de doenças como cólera, febre amarela, chikungunya dengue, diarréia e de proliferação de vírus como o Zika.
A cada real investido em Saneamento, economizamos R4,00 na Saúde.
- A coleta seletiva do lixo precisa ser ampliada, pois é importante para a destinação e tratamento adequados dos resíduos e para a reciclagem, que beneficia recicladores na cidade
Preocupa-nos:
- O avanço lento dos serviços de saneamento básico na cidade;
- 1/4 da população da cidade permanece sem acesso às redes de coleta de esgotos;
- Via lei de acesso à informação a SABESP nos informou que "O sistema principal de tratamento de esgotos da metropolitana é composto por 5 estações de tratamento de esgotos: ETE Barueri, no município de Barueri; ETEs ABC, Parque Novo Mundo e São Miguel, em São Paulo e ETE Suzano no município de Suzano. As ETEs Barueri, ABC, Parque Novo Mundo e São Miguel recebem esgotos do município de São Paulo para tratamento.
O índice de tratamento dos esgotos coletados do município é de 75%."
O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PAULO inclui
· O Programa Córrego Limpo (PCL) que previa a despoluição e limpeza das águas e margens em 100 córregos paulistanos priorizados, buscando-se a conclusão dos trabalhos dessa etapa até o segundo semestre de 2010. Não estamos vendo isso!
· A recuperação das matas ciliares das margens dos córregos e os fundos de vale resgatados como parte do sistema de drenagem natural com função social, bem como o manejo sustentável das águas pluviais.
· A Coleta Seletiva Solidária é a coleta seletiva realizada pelas Cooperativas de Catadores que operam as Centrais de Triagem.
· Geramos 12 toneladas de resíduos sólidos na cidade. O que conseguimos fazer com isso?
Pedimos transparência desses serviços.
Prioridade à Lei de Resíduos Sólidos!
Comprometemo-nos a:
- Estimular nossas igrejas, comunidades eclesiais, organismos ecumênicos a se mobilizarem em favor do Plano Municipal de Saneamento básico;
- Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza;
- Apoiar e fortalecer as mobilizações que têm como objetivo a eliminação de focos de mosquitos transmissores da dengue, da febre chikungunya e do zika;
- Incentivar o cultivo de valores espirituais que fortaleçam o cuidado com o planeta;
- Contribuir para a difusão de uma cultura de não desperdício;
- Contribuir para que catadores e catadoras que trabalham na coleta seletiva do lixo sejam respeitados e respeitadas como cuidadores e cuidadoras especiais do meio ambiente;
- Assumir, em irmandade ecumênica, a corresponsabilidade na construção de um mundo sustentável e justo para todas as pessoas.
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Pastoral Fé e Política