Nascemos para a boa convivência
e agora o grande medo é conviver?
E então eu nem conheço, eu sou ausência,
e miro o meu vizinho por temer,
sem nem querer ouvir, sem mais clemência?
Se tenho a minha casa pra cuidar,
não cuido de o redor compreender?
Se penso o meu conforto e o do meu lar,
eu vou por cor de pele resolver
quem devo ou quem não devo eliminar?
É nesse paraíso da demência,
Brasil, que você insiste em se firmar?
J. Thomaz Filho