Não vou desperdiçar esse verbete:
amigo é coisa séria, nobre, densa.
No escuro, muito mais que farolete:
clarão, olhar de paz, firme presença.
E sempre da esperança um bom lembrete.
Não é de hora marcada, só de agenda,
tem tempo para as mesas da pertença:
palavra, pão, silêncio... Na contenda,
franqueza e lucidez, não desavença;
madura avaliação, não reprimenda.
Amigo é livro aberto, não bilhete,
é terna gratuidade, jamais venda.
J. Thomaz Filho