Pai nosso, nos dá hoje o pão normal
– assim teu Filho ensina a bem dizer –,
o pão suficiente e fraternal,
que une o bom suor e o bem-querer,
em mesas sem a dor do desigual.
O pão – sempre suor de muita gente –
sustento, luz e bênção quer trazer;
porém também carrega o deprimente:
o peso do sobrar junto ao não ter,
o agravo do mostrar-se indiferente.
Se foi na manjedoura o teu Natal,
então ser pão pro irmão é ser decente.
J. Thomaz Filho