Este ano, 2020, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).
Vamos publicar nesta semana as reflexões do nosso amigo Raul de Amorim.
CONVERSANDO SOBRE O LIVRO DO DEUTERONÔMIO.
O QUE SIGNIFICA DEUTERONÔMIO?
É o quinto livro da Bíblia. O título em língua portuguesa deriva do grego composto por déuteros (que significa “segundo”) e nómos (que significa lei) ou seja: Segunda Lei.
PORQUE SE FALA “SEGUNDA LEI”?
Porque na Bíblia se diz que Moisés recebeu de Deus a Lei no monte Horebe ou monte Sinai. O livro do Êxodo relata o fato (Ex.20,1-26). Moisés conduziu o povo de Deus durante 40 anos rumo a Terra Prometida. Antes de entrar Moisés fez vários discursos para que o povo não esquecesse da Palavra de Deus.
Esses discursos formam o livro do Deuteronômio. É a segunda apresentação da Lei de Deus. A primeira foi do próprio Deus no Monte Sinai. A segunda foi como que uma releitura da Lei de Deus a partir dos acontecimentos na longa caminhada do povo.
Nós também em nossos dias fazemos a releitura da Sagrada Escritura a partir da realidade. Deus continua a nos falar... O Deuteronômio é uma adaptação da Lei tendo como referência as novas circunstâncias que o povo estava vivendo.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO DEUTERONÔMIO NO NOVO TESTAMENTO?
É o livro mais citado no Novo Testamento (mais de duzentas vezes). Quando Jesus foi tentado pelo diabo deu três respostas que estão contidas no Deuteronômio. Podemos conferir essa afirmação meditando principalmente: Dt.6,13-16 e Dt.8,1-3. Os três evangelistas contam esse episódio (Mt.4,1-11; Mc.1, 12-13 e Lc.4,1-13). A Palavra de Deus deve ser a nossa referência nas tentações do dia a dia.
P/Cebi (Centro Estudos Bíblicos) Raul de Amorim