Eleições Municipais 2016

Nossa conversa hoje segue a pauta de um assunto importante para a cidade de São Paulo: as Eleições Municipais 2016. Mediante as características de nossa grande metropóle em suas esferas social, política, ambiental, econômica, quais seriam os caminhos a serem percorridos para alcançarmos de fato uma cidade mais inclusiva, mais justa, mais igualitária? Ouça o áudio no final desse artigo.

CandidatosQuais pontos são essenciais para a escolha do representante do poder executivo e do poder legislativo? Primeiramente destaquemos quais são os principais problemas da cidade que é a mais populosa do Brasil e sétima cidade mais populosa do mundo. E esses problemas não são poucos. Estão ligados as áreas da educação, saúde, desemprego, transporte, transito, segurança, enchente e outros. E pra você ouvinte: qual o principal problema da cidade? Se fosse dirigir-se a um possível chefe do executivo, o que pediria? Quais seriam os mais importantes projetos de lei a tramitarem na Camara dos Vereadores?

Sim, porque não resolve pensarmos em um bom chefe do executivo se não nos atentarmos nos representantes do poder legislativo. Sabemos que os candidatos por mais ecléticos que sejam sempre assumem uma posição que está mais inclinada à esquerda ou a direita. E não temos dúvida, são as estratégias à esquerda que tornarão a cidade de São Paulo mais humana e mais acessível aos seus moradores.

O primeiro ponto é o combate a desigualdade e o segundo é o fortalecimento das subprefeituras. Fiquem atentos aos planos de governo dos candidatos e candidatas. Esses, somam mais de uma dezena dos mais diversos partidos, sendo que uma parte deles, já estiveram a frente do executivo em gestões anteriores. Voltemos então, aos caminhos importantes para a cidade de São Paulo.

Sobre o combate a desigualdade efetivar ações para a prevenção dos problemas é um ponto crucial a ser pensado. Construir creches previne problemas futuros, sabemos que quanto mais cedo, a criança entra na escola mais chance tem, de diminuir a vulnerabilidade social. Pessoas em situação de rua é outro grande problema que atinge a cidade. A solução à esquerda para essa população é primeiro acolher em suas necessidades primárias: alimento, segurança, criando condições para viverem a cidade como todos os outros cidadãos promovendo cultura, educação, formação, moradia. Segurança é um problema pontual na cidade. Ampliar o monitoramento da guarda civil metropolitana é importante, mas não é único caminho.

Um governo com viés inclusivo lutará arduamente para tornar as ações do efetivo da guarda municipal mais humanas e menos violentas. Desemprego: ampliar possibilidades de empoderamento para a população mais carente, oportunizar formação tecnológica, acesso a universidade, ampliação de linhas de crédito para abertura de micro e pequenas empresas, abrir caminhos para Economia Solidária, além de levantar estratégias para criar e manter empregos são pontos essenciais a serem garantidos. Sem trabalho, a população não sobressai em suas dificuldades. A cidade de São Paulo tem problemas para garantir a equidade social em suas subprefeituras. As zonas centrais que têm mais estrutura de educação, cultura e lazer são as que mais recebem recursos. O eleitor deve ficar atento a esse ponto.

Como será realizado o planejamento financeiro aos que residem nas partes mais periféricas da cidade?

Uma saída é a descentralização do poder de modo que os cidadãos de cada subprefeitura possa atuar de forma mais direta sem estar totalmente na dependencia do poder central. Obviamente que não levantaremos todas as soluções aqui. Foram alguns pontos essenciais que podem ajudar o cidadão a atentar-se na escolha de seu candidatos ou candidatas para uma cidade de São Paulo melhor a todos e todas.


Eu sou Isabel Rodrigues da Escola de Governo para a Pastoral Fé e Política.

 

Matéria originalmente veiculada pela Rádio 9 de Julho (AM 1.600 KHz SP) e reproduzida aqui com autorização da mesma e da autora.

 

 

Fonte: PFP ASP, Rádio 9 de Julho